sexta-feira, 6 de maio de 2011

Viva o Dia das Mães todos os dias...

No domingo, 08 de maio, será comemorado o dia das mães. Para o comércio, esta data é como um segundo natal. Os apelos para que saiamos às compras começam já no meado do mês de março. Impulsionados, os filhos compram presentes para homenagear aquela que lhes deu a vida. Inclusive, muitos filhos praticam este ato na tentativa de aplacar a consciência culpada. Afinal, são tantos "deslizes", tantas "mancadas", tantos "destratos" que um presentinho bem que ajuda a "ficar bonito(a)" na foto...

Se você veio aqui pensando que iria encontrar alguma mensagem em power-point, algum texto, poema ou outra coisa do tipo, para dar/enviar para a sua mãe, ERROU! O dia é das MÃES, mas é com os filhos que iremos falar.

Pra começar, leia o texto abaixo:

"Eu tinha 7 anos quando matei minha mãe pela primeira vez. Eu não a queria junto a mim quando chegasse à escola em meu 1º dia de aula. Eu me achava forte o suficiente para enfrentar os desafios que a nova vida iria me trazer. Poucas semanas depois descobri aliviado que ela ainda estava lá, pronta para me defender não somente daqueles garotos brutamontes que me ameaçavam, como das dificuldades intransponíveis da tabuada.

Quando fiz 14 anos eu a matei novamente. Não a queria me impondo regras ou limites, nem que me impedisse de viver a plenitude dos vôos juvenis. Mas logo no primeiro porre eu felizmente a descobri rediviva - foi quando ela não só me curou da ressaca, como impediu que eu levasse uma vergonhosa surra de meu pai.

Aos 18 anos achei que mataria minha mãe definitivamente, sem chances para ressurreição. Entrara na faculdade, iria morar em república, faria política estudantil, atividades em que a presença materna não cabia em nenhuma hipótese. Ledo engano: quando me descobri confuso sobre qual rumo seguir voltei à casa materna, único espaço possível de guarida e compreensão.

Aos 23 anos me dei conta de que a morte materna era possível, apenas requeria lentidão... Foi quando me casei, finquei bandeira de independência e segui viagem. Mas bastou nascer a primeira filha para descobrir que o bicho 'mãe' se transformara num espécime ainda mais vigoroso chamado 'avó'. Para quem ainda não viveu a experiência, avó é mãe em dose dupla...

Apesar de tudo continuei acreditando na tese da morte lenta e demorada, e aos poucos fui me sentindo mais distante e autônomo, mesmo que a intervalos regulares ela reaparecesse em minha vida desempenhando papéis importantes e únicos, papéis que somente ela poderia protagonizar...

Mas o final dessa história, ao contrário do que eu sempre imaginei, foi ela quem definiu: quando menos esperava, ela decidiu morrer. Assim, sem mais, nem menos, sem pedir licença ou permissão, sem data marcada ou ocasião para despedida. Ela simplesmente se foi, deixando a lição que mães são para sempre.

Ao contrário do que sempre imaginei, são elas que decidem o quanto esta eternidade pode durar em vida, e o quanto fica relegado para o etéreo terreno da saudade..."

Não sei quem é o autor deste texto. Ele veio parar em minhas mãos através de uma das muitas mensagens de email que circulam por aí. Mas este texto me fez pensar que talvez só nos lembremos de valorizar as mães depois que as perdemos! Enquanto estão vivas, que engulam os sapos, os maus-tratos(!!!) e quando chega o dia comercial "dia das mães" nos desculpamos através de um presente. E depois que o domingo das mães passa, a vida volta à rotina de sempre e nos esquecemos da consciência culpada que nos motivou a por a mão no bolso.

Filhos, não deixem que o "dia das mães" seja apenas 1 dentre os seus 365 dias. Viva o dia das mães todos os dias! Dê um abraço carinhoso em sua mãe todos os dias! Diga que a ama todos os dias! Estes são os presentes que ela amará receber TODOS OS DIAS.

Agora sim vou deixar com vocês um video, mas não é uma das muitas homenagens para mães (isso você encontra aos montes no youtube). Este vídeo mostra literalmente o que é a síndrome do ninho vazio. Se você não sabe o que é isso, vou lhe dizer: essa síndrome é uma dor/tristeza que algumas mães sentem quando os filhos saem de casa - quando vão embora. Veja que independentemente da mãe ser humana ou animal, sofre com a partida dos filhos...

Um breve resumo: a mamãe deste vídeo fez um ninho em um vaso de planta, postou 4 ovinhos, chocou-os, alimentou os filhotes e um dia... ela ficou de bico aberto! Preste atenção nesse momento.



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